quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Pai & Mãe


Deliciado a ouvir as histórias que se desenrolaram com esta fotografia… desde a história da roupa da Mãe, que segundo Ela, o Pai dizia “…é que gosto de Te ver com esta roupa, ficas Linda...” à revelação de que namoravam há dias nesta altura, após a sua vinda da Guerra… que estavam de mãos dadas por trás das costas…que a Mãe (minha avó) não a queria deixar ir, "ainda és muito nova Maria do Carmo"… "mas Eu sempre Gostei do Pai, sempre trabalhamos juntos na fábrica... mas só quando o Pai veio da Guerra é que tudo aconteceu...", diz a Mãe... O drama do Pai com a queda do cabelo (faz-me lembrar alguém...), embora a Mãe lhe dizia “És Lindo na mesma…” e o Pai respondia, um pouco "furioso" “…para Ti…mas Eu não gosto…” (Sorrisos)... O quanto a Mãe se Sentia Orgulhosa, por ter um Homem como o Pai do Lado dela, que segundo a Mãe “… desde o momento que me conquistou, nunca Mais o Larguei…”.histórias e histórias que rapidamente fluíram nestes instantes… o nariz pica-me de ter vontade de chorar, as lágrimas nascem nos meus olhos, e sorrio ao mesmo tempo… Sei que o Pai sorri connosco nesta altura, e sei que nos abraça…
P.s. - Não encontrarei nunca palavras capazes de exprimir o que esta imagem me Oferece. A Minha Essência Nasce desta União. 

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Sinta apenas...

Há coisas boas na vida, coisas essas que não cansam, coisas que se alteram, mas que se mantêm intactas, coisas agradáveis que nos transformam, passando assim a fazer parte de nós...

Há coisas que não se explicam... basta senti-las, não havendo a necessidade de ir em busca de uma explicação, era fácil de a encontrar, e quem sabe se não tornaria, aos olhos de alguns, coisas banais...

Mas nem tudo o que se explica é banal, e o que nos toca a alma, pode ser tão simples, que passa em frente aos olhos de todos nós, mas nem todos veem ou sentem...

Há coisas que crescem em nós, e que as guardamos em "panos de veludo", na esperança de as preservarmos inalteráveis, talvez com o receio de as perder ou esquecer, ou então deixar de as sentir como desejamos...

Na verdade tudo se transforma, mas tudo tem um princípio comum, e é no terno saborear dessas coisas, que o seu significado se irá apurar...

E podemos então, depois de consciencializar este sabor, fechar os olhos... é como que se esse fechar de olhos, se transforme no abrir de olhos para o nosso interior, onde se distingue tudo o que sentimos, onde reconhecemos a voz da nossa alma, como uma luz que nos ilumina...

E um gesto tão simples nasce de seguida, o sorriso dos nossos lábios, como que este, simbolize um exímio tradutor de braille, e num suave toque, ganhamos a sensibilidade de decifrar todos os sentimentos que nos invadem...

E é na união destes dois pequenos gestos, que conseguimos sentir aquele calor interior, como que, de um abraço se tratasse, e que é tão intenso, que não cabe em nós, e desliza então num suspiro, acompanhando a rota da brisa, na direção de outro alguém...

Alguém que reconheça as coisas boas da vida, e que não as questione... Apenas sinta.