segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Pedaços... Despedaçados

A cada momento do dia dou comigo a pensar... "...este caminho que fiz, só o reconheço quando olho para trás... apenas o que já percorri, até este exato momento em que parei... o que surgirá quando der o próximo passo..." 
... nesse mesmo instante, gera-se em mim um "ritual" no meu pensamento, uma luta de ideias, de dúvidas, de incertezas... até que a minha alma "vem sossegar e acalmar" todo este tornado, que tinha forças para unir os sete mares... 
Reina então a minha tranquilidade, e o meu sorriso, semelhante ao Teu, renasce, como um nascer do sol na minha face, quando fecho os olhos e visualizo o caminho que Tu me iluminas para que eu possa dar o próximo passo, e percorrê-lo sem receios, com paz, com coragem, embora nunca, sem a "querida" presença da dor da alma sangrenta...
Torna-se difícil encontrar o meu rumo sem que estejas presente, continua a existir o nascer do dia, as noites marcam sempre a sua presença, o sol continua quente, a chuva que preserva a sua herança de antepassados... o vento que sopra, e por vezes sinto ouvir nele a Tua voz... mas.. e Tu... onde estás Tu... 
... é tudo um cenário encenado ao pormenor, em que o figurino é aquele que inspira poetas, e cantores, e artistas.... mas a mim quem me inspira és Tu... onde estás Tu...
Agarro-me ao que posso... ao que sinto... ao que não sei bem o que é... agarro-me a tudo e a nada, ao vazio... à dor... sem medo de que tudo se escape pelas minhas mãos... mas quando me fogem, há sempre outras coisas que virão... mas Tu estarás eternamente ancorado em mim, e eu não Te perco nunca...
Sei o que quero, sei o caminho a seguir, sei que o Teu amor se manifesta em mim, e naqueles momentos de solidão interior, sei que me ouves, pois sinto o Teu "abraço" a aconchegar-me... 
Sei que seguirei o que de Ti há em mim, e vou lutar por tudo, todos os dias... e sim, sim com todas as forças, com toda a dor, com todo o amor que vive em Mim, não vou Desistir nunca, nem Vacilar... 
... é neste instante que sinto a minha mão fechar-se interiormente, como que um grito de saudades... há um novo rio que nasce nos meus olhos, abro-os, encaro a Minha Alma... e sei então que, por mais que o meu pedido seja ouvido por Ti, e por quem Te juntaste a Seu lado, nada irá mudar... continuarei sem Te poder abraçar... 
Onde estás Tu... e respondo-me então, tão repetidas vezes quanto os ponteiros dos relógios "tic-tacteiam"... estás em Mim, ancorado para onde quer que vá, para onde quer que olhe, para o que quer que faça... e deste modo, sigo então o caminho que me iluminas...

Não me sinto tão forte como possa parecer... tão seguro quanto um alicerce... tão corajoso quanto merecias que fosse... mas não serão estas imperfeições que nos fazem ir em busca da perfeição... e será esta, alcançada com as nossas vitórias ou com as nossas derrotas... quero tornar-me perfeito nas minhas imperfeições, e isso partirá sempre de uma nascente - Tu

És a minha Luz, o meu Pilar, o meu Norte, e irei seguir-Te até ao dia em que Te voltar a ver... pois sei que me guias até Ti.

P.s. O dia torna-nos vulneráveis, mas Tu tornas-nos Seguros.

Estes Pedaços, Despedaçados voltarão a ser Inteiros...

Obrigado                                                                                                                          (MAC to DC)

sexta-feira, 19 de março de 2010

A Transparência do que não se vê, apenas se sente...

... sem que, conscientemente tivesse essa noção, algo me levou até
Ti...

sim é verdade, o Dia, mas mais que isso, o Teu Sorriso...



Sem parar para pensar, fui caminhando, como o rumo natural de um rio, que vai sempre ao encontro do seu aconchego...

Tudo normal, em mais um simples dia... só apenas a minha consciência não era capaz de se aperceber...

Incrível como há momentos "cegos" na vida... momentos que presenciamos e sentimos, mas que no seu instante, nos passam despercebidos...

Cheguei até Ti, senti o frio que me rodeava, a gota da chuva que “furava” a roupa, de tanto insistir cair sobre o mesmo sítio, o vento que se manifestava e se confundia entre a paz e a rebeldia, querendo eu idealizar nesse seu estado de alma, uma resposta Tua, que acalmasse a imperfeição do sentimento inexplicável, da palavra Saudade....

Mas nada... o meu consciente ainda não estava desperto...

O normal acontecia...

Um normal que é único em cada momento que se repete...

Uma rotina que se adquire, umas vezes por uma vontade inconsciente, outras por sentir que algo se perdeu e se quer recuperar...

Outras e outras e... outras ainda, por um descontrolo emocional, em que se tenta controlar, o incontrolável... questionado assim a Razão...

Mas o tempo não parava, e o dia ia acontecendo...

O monólogo interior onde não se lhe conhece pontuação, prolongava-se... imaginado a tua resposta... ou pensando que nesse momento em que o vento se alterava, era a tua forma de expressão...

Meu Querido Pai...

Se nunca tive dúvidas... cada vez mais tenho certezas, (sorrio e sinto as picadas no nariz)....

É então aí, nesse preciso momento... que me apercebo, conscientemente do sabor salgado de uma gota...

(não, não era chuva)...

Fui finalmente de encontro ao Teu Abraço que se abre para mim, sinto tudo aquilo que o inconsciente escondia...

Aquele momento em que vieste ao Meu encontro... como que sentisses ser uma necessidade Tua, quando na realidade foi um desejo meu, um desejo nascido da dor da minha Alma..

Senti-te, sei que sorri, aquele sorriso semelhante ao Teu...

Foi um breve instante, mas que se tornou Eterno...

Vi-Te a afastar... caminhando com esse Teu andar calmo, como só Tu sabes ter, passo a passo... lentamente como que se me estivesses a ensinar a andar...

Paraste... e o meu coração acompanhou esse gesto Teu...

Nesse mesmo instante parei... e acompanhei-Te, como que em câmara lenta...

Mais parecia, que estava a dissecar cada micro segundo do teu movimento ao voltares-Te para mim....

Fiz um olhar de baixo para cima, e quando cheguei ao Topo...

...

Vi o teu Sorriso.......

Aquele em que transmites tudo o que sentes, apenas com esse Teu olhar, com esse Teu "morse" do coração....

É indescritível a linguagem do Teu rosto... não consigo encontrar palavras para explicar...

Senti-Te em mim, como que se fossemos um Só...

Não... como Um Só que Somos.

E vi-Te ir... sem perceber porquê... mas sempre com um sentimento de Carinho e Amor...

Senti a minha Alma preenchida....

E só então, muito mais tarde entendi tudo isto...

Vieste neste Dia para me ver...

Trocamos apenas um Sorriso, e fiquei deliciado a Ver-Te Ir...

Sei que não vais para longe... Sei que estás sempre perto...

Mas dói não Te ter... uma dor silenciosa, uma dor que não dói.... mas que se sente...

Uma dor que se tenta esconder, mas que se encontra no vento... no som dos ponteiros do relógio, que não se atrasam em despertá-la...

Uma dor escondida... que se manifesta nesse Sorriso..

Conscientemente termino, sem nunca colocar ponto final...

Guardo o Teu sorriso na Minha Alma, e nela, permanecerá Tatuado.


Caminho em Tua direção, e sempre Te encontro...

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P.s. - Release

I see the world. Feel the chill.
Which way to go? Windowsill.
I see the words on a rocking horse of time.
I see the verse in the rain.


Oh, dear dad can you see me now?
I am myself like you somehow.
I'll ride the wave where it takes me.
I'll hold the pain. Release me.

Oh, dear dad can you see me now?
I am myself like you somehow.
I'll wait up in the dark for you to speak to me.
How I've opened up. Release me.Release me.
Release me dad. Release me.